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Implante dentário: osseodensificação é a técnica do momento

Desvendamos alguns mitos sobre a osseodensificação e sua aplicabilidade como técnica de implante dentário

 

Tenho visto muitas associações erradas feitas ao método de osseodensificação para implante dentário, que é um assunto bastante comentado atualmente. Reforço que subfresar, compactar o osso, a técnica BLX Strumann, expandir o osso com osteótomos, fresas ou expansores de rosca, não é osseodensificar. A osseodensificação  é uma técnica que explora o osso medular de forma intensa, através de um preparo com fresas especiais que não removem a estrutura óssea. Ela é feita com movimentos da mão aliados a bastante irrigação e velocidade, gerando ondas de deslocamento de líquido e força, que se bem distribuídas, deformam o osso de uma maneira mais elástica do que plástica.

O desenho especial das fresas faz que o pouco de osso cortado para um implante dentário seja realocado para os lados e para o ápice da broca, gerando um auto enxerto ao mesmo tempo que promove uma compactação de osso na periferia da perfuração. Nesta técnica, recomenda-se fazer perfurações com 0,1mm a no máximo 0,5mm menores que o implante dentário dependendo da quantidade de osso medular e cortical envolvidos e numa boa quantidade de vezes a perfuração terá o mesmo diâmetro do implante.

Ao recorrer à literatura , percebemos o relato do efeito memória elástica (spring back) do osso, que diminui o diâmetro da perfuração (cerca de 10%) e acaba comprimindo o osso de fora para dentro, evitando muitas fraturas e ocupando o espaço entre as espiras do implante. Ora, isto acontece em minutos, ou seja, temos osso natural e vivo, sem fraturas, entrando em contato firme com a superfície do implante e no espaço entre as roscas, aumentando de saída o BIC e o torque de remoção. Também na literatura percebemos que os expansores criam espaço, mas não aumentam o torque de remoção, já que a maioria do osso em contato com o implante tem microfraturas. Isto faz da osseodensificação um processo único e inteligente, onde o osso, tão importante para nós cirurgiões, não é removido e sim realocado para melhorar e acelerar o processo de remodelagem óssea durante um implante dentário.

Em termos práticos, a osseodensificação reúne o melhor de cada processo, expansão, compactação e autoenxerto de forma melhorada, por não remover o osso, que é  tão importante para a reparação óssea.

 

Professor Proctor Dental XP Master, André Vilela, especialista em implantes e Diretor Científico da Driller.